Texto será reavaliado após críticas da CDL e Sindilojas; prefeito promete diálogo para “equilibrar” interesses de lojistas, expositores e consumidores 2p2ft

Foto: Divulgação/CDL 3t5b43
O projeto de lei que buscava regulamentar a realização de feiras e eventos em Criciúma acabou retirado da pauta da Câmara de Vereadores nesta semana. A decisão foi tomada após pressão das entidades que representam o comércio local, como a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e o Sindilojas, que divulgaram uma nota pública à imprensa criticando duramente a proposta.
A principal preocupação das entidades é a concorrência considerada desleal que as feiras temporárias trariam ao comércio estabelecido na cidade. Segundo a nota, embora algumas sugestões das entidades tenham sido acatadas, outras foram ignoradas, deixando brechas que, na avaliação dos lojistas, colocariam em risco a segurança dos consumidores e a sustentabilidade do varejo local.
“As entidades são a favor da liberdade econômica e do desenvolvimento, mas é preciso que a legislação adote tratamento igualitário”, destaca o texto enviado à imprensa. Os lojistas afirmam que essas feiras, muitas vezes itinerantes, não seguem o mesmo rigor de fiscalização aplicado aos comércios locais e podem oferecer produtos de procedência duvidosa.
Diante da repercussão negativa, o prefeito de Criciúma, Vagner Espíndola, decidiu abrir um novo canal de diálogo com os representantes do setor. Em entrevista ao portal Sul In Foco, o chefe do Executivo afirmou que o objetivo da proposta é justamente encontrar um ponto de equilíbrio entre o incentivo ao comércio local e a possibilidade de a cidade continuar recebendo eventos de grande porte.
“O projeto de lei trata justamente deste equilíbrio. Queremos manter forte o nosso comércio local, sem impactá-lo de forma negativa, e ao mesmo tempo permitir que feiras e eventos tragam novos recursos para a cidade”, declarou o prefeito.
Segundo ele, eventos como a AgroPonte, o STU, encontros religiosos e jogos do Criciúma também dependem de uma legislação mais clara. “A lei, como está hoje, não garante esses eventos. O que estamos propondo é justamente uma garantia para que continuem acontecendo, com equilíbrio”, completou.
Uma nova reunião entre a Prefeitura, CDL, Sindilojas e outros representantes do setor comercial está marcada para quinta-feira (22). O objetivo é reavaliar o texto, esclarecer pontos polêmicos e buscar um consenso antes de qualquer novo encaminhamento à Câmara.