Medida busca atender emergências sociais sem comprometer a organização urbana nem incentivar permanência sem propósito na cidade. 5g4p1q

Foto – Sul in Foco 6n495
Nos últimos dias, os moradores de Orleans têm notado uma cena que até pouco tempo era rara nas ruas da cidade: a presença de pessoas em situação de rua. O assunto ou a ser tema de conversas e preocupação entre a comunidade e lideranças. Nesta semana, também entrou na pauta do Executivo Municipal, que realizou uma reunião com a equipe de governo para debater o tema e definir ações.
De acordo com o prefeito Fernando Cruzetta, algumas alternativas estão sendo estudadas para que a istração Municipal atue em duas frentes: acolhimento emergencial e encaminhamento para o mercado de trabalho. “Temos uma preocupação bastante grande. Fizemos um trabalho de identificação de todas as escolas abandonadas no interior para criarmos um centro de agem, onde possamos oferecer condições básicas a essas pessoas. O objetivo é abrigá-las, entendê-las, ver suas necessidades e encaminhá-las”, explicou.
“Se quiser ficar em Orleans, não vai ficar sem trabalho”
No entanto, o prefeito deixa claro que o acolhimento terá um propósito construtivo. “Nossa intenção não é criar um espaço que incentive pessoas a virem para cá apenas em busca de abrigo. Se quiser ficar em Orleans, não vai ficar sem trabalho. Caso contrário, daremos condição para que retornem à sua cidade de origem”.
Além da assistência inicial, a proposta é ir além, oferecendo oportunidade de recomeço. A Prefeitura está estruturando um projeto que será enviado à Câmara Municipal, permitindo a contratação temporária de pessoas em situação de rua para atividades junto à istração Municipal. “Se o problema for falta de emprego, aqui vai ter trabalho. Vamos oferecer emprego e, com isso, ajudá-las a se reestruturar para então encaminhá-las para postos de trabalho fixos”, afirmou.
A realidade das pessoas em situação de rua é complexa e envolve múltiplos fatores, como desemprego, rupturas familiares, problemas de saúde física e mental, dependência química e entre outros. A iniciativa da Prefeitura de Orleans, segundo o próprio Executivo, é uma tentativa de tratar o tema com humanidade e responsabilidade social, sem abrir mão da organização urbana e segurança pública. O projeto do centro de agem ainda está em fase de estudo, assim como demais ações que permitirão que a gestão municipal possa lidar com o fenômeno que, embora recente na cidade, já é realidade em centros urbanos de todo o país.